Top 5: Melhores de sites de visualização de dados

Para alguém que trabalha dia-a-dia analisando dados e construindo relatórios e dashboards para consumo de diferentes audiências da empresa, é muito fácil cair sempre nas mesmas soluções de visualização de dados, especialmente aquelas fórmulas prontas oferecidas pelos softwares de análise e visualização de dados.

Não que o básico não resolva o problema. Sou devoto de Pareto: um gráfico de barras resolve 80% dos problemas. Além do mais, creio que a maior parte das visualizações ruins que observamos todos os dias na empresa e nas diversas mídias disponíveis são porque não quiseram utilizar uma solução mais simples.

Mas existe o belo, que é aquele trabalho que além de demonstrar a frieza dos números atrai os olhos pela harmonia de cores, formas e composições. A lista de sites abaixo serve não só como fonte de inspiração para melhorar aquelas tarefas regulares mas também costumam ser boas fontes de aprendizado, dando dicas práticas de O QUÊ e COMO fazer.

1. Storytellyng with data

O site storytelling with data é a extensão do livro de mesmo nome, da autora e ex-Google Cole Nussbauer Knaflic. Rico em exemplos e guias práticos para transformar aqueles gráficos básicos de Excel em apresentações muito melhores.

2. FiveThirtyEight

Nate Silver, badalado estatístico das eleições americanas e autor de The Signal and The Noise (O Sinal e o Ruído) criou um blog jornalístico com visualização de dados acima da média. Particularmente adoro a seção de esportes.

3. flowing data

O FlowingData, além de demonstrar muita criatividade com infográficos, ele geralmente compartilha as bases de dados e os códigos (R/Python) para gerar as visualizações. Com uma assinatura premium é possível obter ainda mais guias e tutoriais.

4. the pudding

Mais na linha artística, The Pudding junta jornalismo e artes visuais. Infográficos são muito bem construídos ao redor de dados importantes. A seção How-To – já para experts em visualização de dados – mostra algumas dicas de criação.

5. makeover monday

Trazer desafios semanais entre a comunidade é a proposta do Makeover Monday. Além de trazer informações, publicações e guias para construção de gráficos melhores

O que não fazer

Para finalizar a lista (fora dos TOP 5), VIZ.WFT é um site divertido para observar maus exemplos da utilização de gráficos. Se você faz/fez algo parecido com o que está no site, melhor pensar em aprender mais sobre visualização.

Minhas 3 dicas para uma apresentar dados

Considero a visualização de dados (dataviz) a parte mais divertida de todo o trabalho de análise de dados. Considero que é o momento onde você transforma trabalho bruto em arte visual, que depois será colocado em devida exibição para que o público veja algo mais concreto sobre seu trabalho. Também é o momento da verdade: você pode elaborar algo que dilata a pupila de executivos ou que te deixa em situação constrangedora.

Considero que você já tem um sumário com os dados que quer mostrar, e está pronto para fazer uma apresentação executiva – para seu chefe, chefe-do-chefe, cliente, etc – e precisará colocar em um slide, página web, dashboard, ou algo do tipo.

Então, entre meus erros e acertos, o que aprendi de útil foi o seguinte:

#1 Conheça sua audiência

Não comece o trabalho sem saber para quem você está fazendo, o que essas pessoas querem ver e como vão utilizar o que você mostrar.

Isso vai impactar diretamente no nível de detalhe e o tipo de informação que você irá mostrar.

#2 Não complique

Na construção de informações visuais, menos é mais. Muita informação tira a atenção das pessoas do que realmente importa, e aqui, diga-se, informação de qualquer natureza: cores, linhas, números, texto, imagens, animações. Conforme Edward Tufte, o papa da visualização de dados, você deve passar o máximo de informação, mas com o mínimo de “tinta” possível. O lema KISS (Keep It Simple Stupid) funciona muito bem aqui.

Acredite, uma animação só piora uma informação que já é ruim.

#3 Peça à alguém que revise

Ter alguém que possa criticar construtivamente o seu trabalho não tem preço, pois muitas vezes o que está óbvio para você não está para a audiência. Sem contar aqueles pequenos erros de grafia que deixamos escapar mesmo depois de procurar muito.